24/06/2012

Governo com intenção de retirar helicóptero do INEM sediado em Loulé

O presidente da Câmara de Loulé criticou a intenção do Governo de retirar o helicóptero de emergência médica que se encontra sediado na BHSP de Loulé, mas sublinhou que mais importante é a construção do Hospital Central do Algarve.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou que Aguiar da Beira e Macedo de Cavaleiros vão ter mais duas ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a área de cobertura dos helicópteros de emergência médica será reforçada, mas estas duas localidade e Loulé deixarão de ser bases para estas aeronaves.

O governante disse que as alterações que estão a ser estudadas pelo ministério relativamente à localização dos helicópteros têm como objetivo aumentar a cobertura em todo o país, meta que considerou ser mais importante do que estarem baseados numa determinada localidade ou noutra.

“Penso que poderão melhorar a assistência médica, mas isso não resolve o problema do Algarve, que continua a ser a região do país com maior necessidade de construção de um Hospital Central”, afirmou o presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, que também é médico, ao ser confrontado pela Lusa com as declarações do ministro.

O autarca considerou que o Algarve é uma região “periférica” e continua a haver no norte e no centro do país uma concentração maior de hospitais centrais.

Disse também que a “prioridade número um” é, do seu ponto de vista, o Hospital Central do Algarve e não o de Todos os Santos, projetado para a zona oriental Lisboa.

“É com a construção de um Hospital Central que se permite a fixação de especialistas nas mais diversas áreas. E isso é mais urgente do que transferir as pessoas de helicóptero para outros hospitais”, referiu Seruca Emídio.

O presidente da Câmara de Loulé disse não perceber, no entanto, a intenção da tutela de retirar o helicóptero, porque “não há nenhuma outra localização mais favorável” do que a da cidade, no Algarve.

“Loulé está numa zona central do Algarve, está próxima do Hospital de Faro, que serve toda a região, perto do aeroporto do Faro e dispõe de um heliporto que foi alvo de um investimento para melhorar a sua operacionalidade”, afirmou.

O autarca sublinhou que foi lançado um concurso para as obras de melhoramento do heliporto de forma a poder operar também de noite, no valor de 800 mil euros, embora a estrutura sirva também para os meios de combate a incêndios florestais e de socorro no mar.

“Em tempos de racionalização de custos, não me parece razoável estar a fazer um investimento na melhoria do heliporto para poder operar também de noite e depois retirar o helicóptero de lá”, acrescentou.

http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=128497

FIRESHELTER52

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