Os Bombeiros Municipais de Tavira foram esta manhã visitados pelo grupo de Charolas da casa do Povo da Conceição de Tavira.
Junto ao presépio aos visitantes e alguns Bombeiros Municipais,o grupo tocou e cantou algumas músicas ao Menino Jesus e os tradicionais cânticos ao ano novo.
Os Charoleiros da Casa do Povo da Conceição de Tavira pretendem manter a tradição no concelho, bem como incentivar a participação popular neste tipo de iniciativas mantendo o gosto pela música.
FIRESHELTER52
3 comentários:
Caro amigo, gostei de ver no facebook esta noticia e gostaria de propor ao presidente dos bombeiros uma sugestão.
A inauguração do presépio deveria ser feita com mais pompa e circunstancia.
Não é um presépio qualquer, é a obra natalícia mais emblemática do concelho. Propunha a presença de um prelado, uns cânticos de natal por uma escola,grupo de catequese, ou mesmo um dos alguns grupos corais de Associações de Tavira.
A obra merece a presença de entidades municipais e comunicação social durante a inauguração. Durante a exposição o convite aos grupos corais e bandas para que nos dias de maior visita entoassem algumas musicas ou cânticos, anunciando antecipadamente teria o presépio muito mais visitas.No encerramento no Reis, tal como este grupo, seria um local de visita de centenas ou milhares de pessoas caso soubessem que a determinadas horas os grupos de charolas estariam lá.
Ficam assim estas sugestões para 2013.
Muito obrigado pela vossa atenção.
Sem dúvida alguma...
Farei com que o comandante dos Bombeiros (não o presidente dos bombeiros), tenha acesso a este pedido e quem sabe para o ano de 2013 o presépio dos Bombeiros Municipais de Tavira venha a ter um aspeto mais cultural que os anos anteriores.
Muito obrigado
FIRESHELTER52
Como me alegrou esta iniciativa, pela tentativa conseguida de manter viva uma tradição tão antiga !!!
Para quem não conheça, as Charolas remontam a tempos longínquos, e em muitas aldeias portuguesas, tal como no interior algarvio, mantém-se viva esta tradição que vai passando de geração em geração. São uma forma antiga de comemorar o Ano Novo e o Dia de Reis. Assim, as populações formam-se em grupos, que chegam a ter dezenas de elementos, cantam e animam as localidades, indo de casa em casa ou colocando-se num local central, desejando de uma forma tradicional um Bom Ano a todos os presentes. Frequentemente, são convidados a entrar nas casas, onde lhes são oferecidos petiscos, filhoses, chouriço assado, vinho tinto, etc..
Nos grupos de charolas, toca-se instrumentos normalmente tradicionais e folclóricos, como a pandeireta, os ferrinhos (triângulo), o tambor, o bombo, a flauta, a viola, o cavaquinho, o acordeão e mais raramente a gaita-de-foles. Muitos destes grupos no Algarve contam já com várias décadas de existência e contribuem para manter aceso um dos costumes mais antigos da região, que é vivido de uma forma especial, sobretudo nas zonas do interior e da Serra.
Na minha infância e juventude, cheguei a assistir, em Estoi, aos
grupos que percorriam as ruas da aldeia, tocando e cantando músicas e canções tradicionais alusivas à quadra, e que eram recebidos nas casas com petiscos, vinho e os gulosos doces e fritos próprios da época. As músicas utilizadas eram, por norma, já conhecidas, simples, habitualmente à volta de quadras também simples que louvam o Menino Jesus, Nossa Senhora, São José e, como não podia deixar de ser, quadras, muitas vezes improvisadas, dedicadas às famílias que os tinham recebido e brindado com os saborosos acepipes caseiros.
Por isso, em muitas casas, do Ano Novo ao Dia de Reis, as famílias mantinham a mesa sempre posta e recheada com as delícias natalícias para presentearem os participantes nas charolas que animavam a aldeia.
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