06/01/2013

Os radares da NASA estão, direccionados sobre o ‘Apophis’, que passará, a 9 de Janeiro, a cerca de 14,5 milhões de km da terra

A partir da próxima semana, é o asteróide ‘99942 Apophis’ – assim baptizado em homenagem ao deus egípcio do mal e da escuridão - que visitará a Terra.

Esta rocha cósmica, com cerca de 270 metros de diâmetro, merece o seu nome já que tem uma massa capaz de liberar tanta energia quanto 25 mil bombas de Hiroshima, caso atingisse a Terra.

Em 2004, quando foi avistado pela primeira vez, o ‘Apophis’ causou suores frios aos especialistas que vigiam o céu à procura das ameaças que podem surgir das profundezas do espaço. Cálculos preliminares indicaram existir uma probabilidade de 2,7% de atingir a Terra em 2029.

O risco de uma catástrofe foi depois descartado por cálculos mais precisos, mas "ainda há um pequeno risco de impacto" a 13 de Abril de 2036, com uma probabilidade de menos de um para 250 mil, segundo a NASA.

Os radares da NASA estão, portanto, direccionados sobre o ‘Apophis’, que passará, a 9 de Janeiro, a cerca de 14,5 milhões de quilómetros da terra.

Com a ajuda destas observações, os especialistas acreditam que podem reduzir ainda mais a margem de erro nos seus cálculos e talvez excluir definitivamente qualquer risco de impacto.

O asteróide “2012 DA14” (com 57 metros de diâmetro) é menor do que o ‘Apophis’, mas vai mover-se muito mais perto da Terra a 15 de Fevereiro: 34.500 km de altitude, o que significa que vai passar na órbita dos satélites geoestacionários.

"Vai ser o voo rasante de um asteróide mais próximo que alguma vez foi previsto", disse Mark Bailey, director do Observatório Armagh, na Irlanda do Norte.

"Vai passar tão perto que até mesmo os astrónomos amadores podem observá-lo, talvez até mesmo com binóculos simples", acrescentou.

Se os asteróides são essencialmente compostos por rocha e por metal, os cometas são compostos por gelo e por poeira. Estes viajantes solitários formaram-se quando o sistema solar nasceu e giram à volta do Sol com frequências que variam muito, desde alguns anos a vários milhões.

Quando se aproximam da nossa estrela, o calor é tal que liberam gases e um rasto de poeira que se reflecte na luz do sol. É a este fenómeno que chamamos a ‘cauda’ dos cometas.

O primeiro que vem visitar o planeta azul este ano chama-se ‘2011 L4’, apelidado de ‘Panstarrs’, o nome do telescópio instalado na Universidade do Havai, que o detectou em 2011.

O ‘Panstarrs’ deve atingir o seu ponto mais brilhante entre 8 e 12 de Março, de acordo com o especialista norte-americano em cometas Gary Kronk.

Porém, é o cometa ‘ISON’ (International Scientific Optical Network) que deve obter maior sucesso junto do público.

De acordo com alguns cálculos, o ‘ISON’ pode ser visível a olho nu, logo depois do pôr-do-sol, no final de Novembro, um fenómeno raro que deve prolongar-se por vários meses.

O ‘ISON’ é tão raro, que a sua última viagem à volta do planeta ocorreu há pelo menos 10 milhões de anos, disse Mark Bailey.

"Este é um 'novo cometa', que provém da região do sistema solar a que nós chamamos de 'nuvem de Oort'", que se estende muito além das órbitas dos planetas e que marca a fronteira do sistema solar”, acrescentou.

FIRESHELTER52

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