10/10/2013

E se o seu chefe o mandasse limpar a praia

Mais de 800 trabalhadores de 56 empresas vão largar, na sexta-feira, o trabalho por um dia para realizar tarefas solidárias na área do ambiente e na recuperação de espaços de instituições de solidariedade social em vários concelhos do país.

A iniciativa GIRO 2013, promovida pelo Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial (GRACE), vai apoiar causas solidárias em Esposende, Braga, Porto, Coimbra, Lisboa, Oeiras, Cascais, Setúbal e Olhão.

"Todos os anos convidamos as empresas associadas a desafiarem os seus colaboradores para passarem um dia diferente. Este ano vamos estar em nove localidades e vamos fazer 17 intervenções diferentes que envolvem 813 voluntários", disse hoje à agência Lusa a presidente do GRACE, Paula Guimarães,

As intervenções são na área ambiental, com plantações, limpeza de terrenos e de praias, intervenções em zonas de defesa do habitat de algumas espécies, mas também incluem a recuperação de espaços de solidariedade social.

Paula Guimarães adiantou que vão ser também realizados ateliers formativos, educativos e culturais para públicos em situação de maior vulnerabilidade.

O GIRO teve início em 2006 e mobilizou mais de 3.700 voluntários que ajudaram 70 instituições e cerca de 15.000 pessoas em todo o país.

A presidente do GRACE adiantou que, normalmente, são cerca de 500 voluntários por edição, mas este ano foram "ultrapassadas todas as expectativas".

"A iniciativa foi lançada com o objectivo de sensibilizar as empresas para o voluntariado corporativo", explicou Paula Guimarães, adiantando que a estas acções são sempre feitas durante o tempo de trabalho.

"A empresa contribui com o tempo de trabalho do colaborador e colaborador com a sua disponibilidade para fazer uma coisa diferente", adiantou a responsável.

Segundo Paula Guimarães, as empresas aderem cada vez mais à iniciativa, não só porque percebem que o envolvimento com a comunidade é fundamental para a sua própria sobrevivência, mas também porque os próprios colaboradores fazem essa pressão internamente para as empresas organizem este tipo de intervenções.

Lusa/SOL

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