Poster Científico INEM "P.C.R. fora do Hospital"

Poster Científico INEM: Paragem cardiorrespiratória presumivelmente de origem cardíaca em ambiente extra-hospitalar: relatório de cinco anos

Raquel Ramos, Cláudio Ascenção, Miguel Soares de Oliveira
Instituto Nacional de Emergência Médica, Lisboa, Portugal
Resuscitation, Volume 84, Supplement 1, Page S9, 18 October 2013

Objetivo: Descrever as tendências em situações de paragem cardiorrespiratória (PCR) em função da etiologia registada pelos Serviços de Emergência Médica em Portugal entre os anos de 2007 e 2012 (5 anos).

Materiais e métodos: O estudo sobre as paragens cardiorrespiratórias ocorridas em ambiente extra-hospitalar é observacional, prospetivo, e trata-se de um registro contínuo que foi iniciado em 2007. Este registo inclui todos os doentes que em Portugal sofreram uma PCR em ambiente extra-hospitalar e receberam cuidados pré-hospitalares. A informação é obtida a partir de um registo realizado pelos profissionais de emergência médica que presenciaram a PCR.

Resultados: de 2007 a 2012 contam-se 9325 PCR em ambiente extra-hospitalar.

44% das PCR foram presenciadas, e destas, 76% foram presenciadas por leigos e 24% por profissionais de emergência médica.

No grupo das PCR presenciadas por leigos, 5% (157) retomaram a circulação espontânea e destes, 44% (88) sobreviveram ao episódio.

No grupo das PCR presenciadas por profissionais de emergência médica 16% (170) retomaram a circulação espontânea e destes, 63% (107) sobreviveram à PCR.

Nas 5175 PCR não presenciadas apenas 3% (138) dos doentes retomaram a circulação espontânea e 17 % (23) sobreviveram. Ainda, nas PCR presenciadas por leigos foram realizadas manobras de Suporte Básico de Vida (SBV) antes da chegada das equipas de emergência em 1356 dos casos.

Destes 1356 doentes, 88 retomaram a circulação espontânea e 47 (58%) sobreviveram ao evento.

Conclusões: Embora a sobrevida global seja baixa, se considerados os subconjuntos específicos da PCR presenciada, a sobrevivência pode ser maior se pessoal leigo aprender SBV e se existirem Desfibrilhadores Automáticos Externos disponíveis.

Estes Programas de Desfibrilhação Automática Externa têm sido fortemente reforçados em Portugal nos últimos 2 anos.

Consulte o Poster do INEM e o resumo publicado na revista “Resuscitation” em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0300957213004693. 

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