O caso remonta a 2008. Segundo a acusação, a que o CM teve acesso, I.A., de 30 anos, aproveitou o facto de ser, na altura, funcionário do IMTT (então com o nome de Direção-Geral de Viação), para vender guias de condução falsas a pessoas que não tinham passado nos exames de código ou condução que queriam outra categoria que não aquela que estavam legalmente habilitadas ou quando tinham cartas que não são válidas em território nacional.
Os clientes eram angariados por outro arguido, P.G., 29 anos, que recebia o dinheiro e os documentos e passava-os a I.A. Este usava a informação das pessoas para fazer as guias falsas. Era prometido que mais tarde chegariam as cartas de condução, mas isso nunca chegava a acontecer.
Enquanto alguns clientes sabiam a ilegalidade que estava a ser cometida, outros, nomeadamente os cidadãos estrangeiros, pensavam que todo o processo era legítimo, devido à profissão de I.A., refere a acusação. Estima-se que tenham sido burladas, pelo menos, 30 pessoas - portugueses e naturais de países africanos - em Tavira e ainda na zona de Grande Lisboa.
O esquema foi descoberto em 2009, quando, numa ação de fiscalização de trânsito da PSP, um dos agentes suspeitou de uma guia apresentada, dando início à investigação.
O julgamento começa no dia 31 de março em Tavira.
Por Tiago griff - Correio da Manhã
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