A população da Culatra, ilha barreira da Ria Formosa, vai contar a partir de sábado com três meios de primeiros socorros, no âmbito do projeto «Culatra Mais Segura», disse o presidente da Cruz Vermelha de Faro, Norberto Martins.
A delegação da Cruz Vermelha trabalha em parceria com três associações da ilha, desde 2009, para melhorar as respostas na área social, na área da saúde e dos primeiros socorros, nas quais “eram visíveis as carências da população residente e visitante”, disse à agência Lusa aquele responsável.
Em parceria com Clube União Culatrense, a Associação Nossa Senhora dos Navegantes e a Associação de Moradores da Culatra, aquele organismo conseguiu abrir uma casa na ilha e, no sábado, serão entregues uma embarcação de transporte de pessoas e material, uma moto com maca para transporte de acidentados e um carrinho de combate a incêndios, "melhorando as respostas de socorro à população”.
Norberto Martins referiu que, em 2009, foi atribuído à Cruz Vermelha de Faro um Contrato Local de Desenvolvimento Social para dar respostas à população da Culatra, mas “além da área social foram também detetadas lacunas nas questões da saúde e do socorro, que precisavam de respostas”.
“Conseguimos que fosse aprovada uma candidatura ao Programa Operacional do Mar (PROMAR) para aquisição destes equipamentos, num valor próximo dos 70 mil euros, e no sábado decidimos fazer uma cerimónia para os entregar e fazer uma exibição de como funcionam”, afirmou Norberto Martins.
A Lusa ouviu também a presidente da Associação de Moradores da Culatra, que considerou ser “muito importante” para a população residente e visitante poder contar com estes equipamentos, que vão “melhorar muito o socorro prestado” aos três núcleos da ilha – Culatra, Hangares e Farol, que “vivem numa situação de isolamento, em condições distintas das de quem vive em terra”.
Sílvia Padinha explicou que, até agora, qualquer pessoa que necessitasse de ser socorrida e transportada para um hospital tinha que “primeiro ser levada de maca, à mão, até ao cais de embarque, com desconforto para quem é transportado e com grande esforço físico e sacrifício dos socorristas” da Cruz Vermelha, que trabalham em regime de voluntariado.
“É uma duna com cerca de 1,5 quilómetros da praia até ao cais de embarque e essa distância, numa maca, com pessoas de algum peso, é um trabalho que acaba por ser muito doloroso. Com a moto com maca, os doentes sentem-se também mais confortáveis, porque não ficam expostos aos olhares de outras pessoas, às condições de tempo, à chuva, ao vento e estão mais abrigados”, acrescentou.
A presidente da Associação de Moradores também salientou a importância da aquisição “de um carrinho para combate a incêndios, com mangueira, que facilmente é transportado para qualquer local da ilha e pode facilmente socorrer e combater qualquer incêndio rapidamente”.
“Isto vem melhorar as condições de socorro aos moradores e visitantes da ilha e dá outra segurança, porque vivemos isolados”, considerou.
.diariOnline RS com Lusa
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